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#DASEMANA: Sobre expectativas de viagens e a decepção com Paris!

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#DASEMANA: Sobre expectativas de viagens e a decepção com Paris!
Foto por: Andrei Abou Osman @abubusworld

Uma dia que estava conversando com uma amiga e comente o quanto eu tinha amado minha viagem à Índia. No que ela me respondeu: Qual foi o destino que você não amou? {risos}

Eu tentei convencê-la de que a viagem a Índia tinha sido especial, não somente como um lugar para conhecer, mas que estar naquele país mudou minha forma de ver o mundo e o mim mesmo. Um lugar que abriu o meu olhar para um novo mundo e um novo eu.

Mas aquela conversa não me saiu da cabeça. Será que eu me tornei aquele tipo de pessoa ‘chata’ que acha tudo lindo?

Trabalhando como  guia de turismo em Estocolmo tenho a oportunidade de conviver com diversas pessoas ao longo do ano, com personalidades e diferentes expectativas. Mas pude notar entre elas um certo padrão: expectativas demais.

Como um senhor que ao passar por Gamla Stan, o centro histórico de Estocolmo , não parava de perguntar quando chegaríamos e quando entraríamos em um museu. Gamla Stan por si só pode ser considerada um museu, sabe? Já que se trata de uma das cidades medievais mais bem preservadas da atualidade. Tudo que visitamos aquele local está ali por séculos e tem muita história para contar.

Mas eu entendia a ansiedade dele. Ele queria ver mais.

Partimos para Djurgården, a ilha dos museus, onde visitamos 3 museus em um período de 3 horas. A cada museu que entrávamos ele perguntava se já tinhamos visto tudo e se poderíamos partir para o próximo…

Atenção! Esse comentário aqui não foi feito com intenção de julgar. Além disso, como líder de turismo procuro fazer o máximo para mostrar Estocolmo de uma forma que faça com que as pessoas amem esse lugar tanto quanto eu amo. Adapto meu roteiro para mostrar Estocolmo da forma que as pessoas querem ver.

O que me chamou a atenção nesse caso, e por isso resolvi descrevê-lo, foi o fato de as expectativas não permitirem que as pessoas aproveitem a unicidade do momento.

Confesso que também já fui assim. Eu me decepcionei por exemplo com minha primeira viagem a Paris. No auge dos meus 22 anos, sonhava com o romantismo da cidade luz apresentado nos filmes e nas aulas de história. Ao chegar lá fui a decepção foi grande. “A cidade me pareceu confusa, movimentada demais, grande demais, rude demais e eu não gostei.

Foi preciso voltar algumas vezes para me render aos encantos da capital francesa e já superei a primeira impressão. {risos}

Hoje tenho facilidade em me encantar com a beleza de todos os lugares onde ando. Seja o charme de uma praia azul no verão, a chuva em um dia cinza escondendo as cores das cidades ou mesmo a poesia das folhas caindo no outono europeu aqui mesmo no parque atrás da minha casa.

Leia também: o que vestir no outono na Europa

Acho que tem haver com aquela história de olhar o mundo com outros olhos, sabe? De encontrar beleza onde passo e, principalmente de estar aprendendo a viver e apreciar cada momento da vida sem criar expectativas demais.

A  resposta para a pergunta do início do texto? Sim, estou achando tudo lindo! {haha}

Esse negócio de estar aprendendo a viver no aqui e agora é embelezador de coisas. Afinal, o que mais temos nessa vida além do presente?

Agora me conta, como andam as suas expectativas?

Beijos e tenha um lindo fim de semana!

A foto linda e colorida no topo desse post é do querido fotógrafo Andrei Abou Osman @abubusworld.

Criei um grupo exclusivo no Facebook para discutir esses devaneios. Adiciona agora se quiser trocar ideias comigo por lá.

2 COMMENTS

  1. Acho que parte da decepção que podemos ter com lugares vem de expectativas que criamos a partir de experiências muitas vezes de pessoas que não tem a mesma bagagem ou vivências que a gente. Eu tive uma experiência assim com NY, fui em maio de 2015 grávida de 5 meses e tinha acabado de receber uma notícia que minou minha viagem: estava com suspeita de toxoplasmose. Fui me sentindo péssima, mas curti muito os passeios que fiz, só não entendia o deslumbramento de muita gente com aquela selva de pedra – ok, cidades não são muito minha praia, mas como explicar a paixão arrebatora que tive com Londres e Estocolmo? Depois de muito tempo, de ter tido um distaciamento da viagem, percebi que era eu que não estava na vibe naquela época. Faltaram os rooftops, faltou visitar o Brooklyn com a calma que a região merece, e faltou a minha disponibilidade pra me deixar encantar por NY. Tanto que tenho muita vontade de voltar, agora sem expectativas, só com a cabeça aberta pra vivenciar de outra forma a cidade.

    • Obrigada por compartilhar sua história, Natalia. Realmente o momento da nossa vida
      e as expecatativas influenciam muito nossas experiências de viagens.
      Eu amei Nova York e acho que foi porque viajei sem nenhuma expectativa. Não foi um destino que eu escolhi,
      foi uma viagem de família, e a maioria decidiu o destino. No final adorei a vibe do lugar. E sem dúvida, um dos pontos altos da viagens
      sem dúvida foi passear pela Brooklyn Bridge no pôr do sol. 😉
      Volte sim e vamos adotar esse lema para a vida. Viajar sem expectativas.
      Beijos e boas viagens! <3

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