Estar pela primeira vez na Índia foi um aprendizado diário. Tive de conviver com medos e superar desafios para viver uma experiência que, em apenas 15 dias, mudou o meu modo de ver o mundo e a minha própria vida.
A Índia é um lugar que te ensina o verdadeiro significado de felicidade, inclusive escrevi um post falando sobre o assunto: O que a Índia pode te ensinar sobre felicidade. Para chegar a essa conclusão, tive que deixar para trás medos, preconceitos e estar de corpo e mente abertos para viver essas aventuras.
12 coisas que eu fiz pela primeira vez em Kerala na Índia e amei!
1- Dormi em um acampamento
Acampar nunca foi o meu estilo de hospedagem. Nas minhas viagens sempre optei por ficar dentro da minha zona de conforto. Acho que essa é uma forma de me sentir em casa estando fora de casa, sabe? Seja fazendo couchsurfing ou me hospedando em hotéis de luxo, sempre preferi o conforto de um quarto com cama. Por isso, acampar de verdade nunca foi uma opção.
Mas durante minha participação no #keralablogexpress, promovido pelo Ministério do Turismo de Kerala, uma noite no acampamento Kalypso Adventures estava no roteiro e eu não tinha escolha. E ainda bem! O local tem uma ótima estrutura, fica localizado aos pés de belíssimas plantações de chá em Munnar e oferece diversos passeios de aventura.
Ali dancei em uma fogueira, conheci as músicas e a cultura indiana sob um céu lindamente estrelado e dormi feito um bebê em uma cama surpreendentemente confortável. Alguma dúvida de que estou ansiosa por repetir essa experiência?
Eu mostrei todas essas aventuras no Instagram @viajarpelaeuropa. Aproveita e siga agora para ficar por dentro de todas as minhas dicas sobre Kerala e sobre o mundo!
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2- Vi um elefante
O elefante é um animal adorado pelos indianos. No budismo, presente na Índia há mais de dois milênios, o elefante é um símbolo de força da mente, e no hinduísmo, a religião majoritária no país, ele é a encarnação do deus Ganesh, que representa sabedoria, boa sorte e prosperidade.
Atualmente existem mais de 27.7 mil elefantes selvagens na Índia e cerca 3,5 mil elefantes domesticados. Infelizmente, vi elefantes em cativeiro e não em seu habitat natural, mas, apesar da triste cena, foi inspirador saber que existe um forte movimento na Índia para conscientizar a população de que o elefante não é um animal doméstico.
3- Subi em um coqueiro
As palmeiras estão por todos os lados no Estado de Kerala, na Índia. Durante os dias que estive por lá, tomei água de côco todos os dias. Mas a experiência não teria sido completa se eu não tentasse apanhar o fruto com minhas próprias mãos, não é mesmo?
Confesso que não consegui chegar nem à metade da palmeira (rs), mas valeu a tentativa e a dança nas alturas.
4- Tive uma piscina privativa no meu quarto de hotel
Nos hospedamos no luxuoso Kumarakom LAke Resort , em Kumarakom, que, aliás, foi o hotel escolhido pelo Príncipe Charles para celebrar o seu aniversário de 65 anos, durante sua viagem pela Índia. Chique, né?
Não bastasse me hospedar em um hotel digno da realeza britânica, nessa mesma viagem ainda tive a honra de me hospedar no Vythiri Resort,que oferece quartos privativos de dois andares, com piso em vidro sobre uma piscina enorme que pude chamar de minha.
5- Dormi em uma houseboat
Uma houseboat ou “casa-flutuante” é um barco que foi concebido ou modificado para ser usado principalmente como uma casa. Essas “casas” são um tipo de hospedagem muito comum na Índia.
Uma ótima forma de fazer um passeio pelas famosas backwaters do estado de Kerala e de estar em contato com a cultura e o modo de vida locais.
Durante a estadia na houseboat, pude observar crianças nadando no rio, mulheres lavando roupas, jovens remando seus barcos de madeira e ainda pude experimentar a deliciosa comida indiana, feita na cozinha da nossa casa-flutuante. Comidinha com sabor de casa da avó, sabe?
6-Bamboo rafting
Quem me viu, quem me vê! (rs) Há alguns meses atrás eu mal chegaria perto desse rio, pois eu ainda não sabia nadar. Imagina se eu teria coragem de me aventurar em um barco de bambu. Mas agora que superei essa limitação e aprendi a nadar, estou tão confiante que me aventurei sem medo nessa “jangada” e ainda remei, acredita?
Aperta o play e veja como eu me saí bem “dirigindo” essa coisa. 🙂
7- Dancei danças tradicionais indianas
Fomos assistir a uma inspiradora apresentação de danças tradicionais na bacia do Rio Nila, um lugar que respira cultura e história. Além de me encantar com essa dança cheia de significados para os locais, ainda fui convidada para me unir aos artistas e dancei como se pertencesse àquele grupo e foi incrível.
8- Trekking
Se você acompanha o blog a algum tempo, sabe que, apesar de ser uma pessoa saudável, de me preocupar com a minha alimentação e buscar sempre praticar algum exercício físico, não sou uma pessoa fitness nem muito menos aventureira.
Mas nessa viagem fomos desafiados a fazer uma trilha relativamente difícil e eu me surpreendi com o resultado. Não foi tão difícil quanto eu esperava e a recompensa valeu cada gota de suor, queimadura de sol e escorregão. Olha para essa vista de encher os olhos!
9- Zipline
Por falar em aventura… Deixei meu medo de altura de lado e me joguei em uma tirolesa no meio das plantações de chá, em Wayanad, e foi uma experiência libertadora. Claro que eu dei um pequeno xilique no início (rs), mas a equipe do Muddy Boots foi tão atenciosa que me senti super segura e essa foi uma das experiências mais marcantes dessa viagem.
10- Plantei uma árvore
Você se lembra que eu fiz um vídeo de 30 coisas para fazer antes dos 30? Um dos itens da minha lista era justamente plantar uma árvore. Resolvi plantar essa árvore na Índia, como forma de agradecimento a todo o acolhimento e ensinamento de vida que esse lugar me proporcionou.
Plantei uma árvore de cardemuma no Vythiri Resort, em Wayanad, e deixei ali uma excelente desculpa para voltar. Daqui a algum tempo, tenho de ir verificar como minha árvore está crescendo, não é mesmo?
11- Comi com as mãos
A primeira vez que comi com as mãos nessa viagem para Índia foi no restaurante do luxuoso Hotel Marriot Kochi, mas a experiência mais marcante de comer com as mãos foi em Wayanad, sentada no chão da Pravanam Homestay, onde a comida era servida em uma folha de bananeira.
A prática de comer com a mão tem origem nos ensinamentos ayurvédicos. O povo védico acredita que nossos corpos estão em sincronia com os elementos da natureza e que cada um dos nossos dedos é uma extensão de um dos cinco elementos da natureza: polegar = espaço; indicador = ar; médio = fogo; anelar = água; mínimo = terra.
Quando se come com as mãos, você deve fazê-lo juntando todos os dedos. Dessa forma, melhoramos a nossa consciência sobre o sabor da comida e assim alimentamos não só o nosso corpo, mas também nossa mente e espírito.
Apesar de ainda ter muito que aprender sobre o tema, confesso que comer com as mãos foi uma quebra de paradigmas. Deixei de lado meu “TOC” de sujar as mãos e aprendi que comer assim tem suas vantagens. Além da certeza de lavar as mãos antes e depois da refeição, comemos com mais atenção e mais devagar.
12 – Viajei em um trem noturno
Viajar de trem pode ser uma experiência enriquecedora na Índia. Um ótima oportunidade para conviver com os locais, sem contar, que, surpreendentemente, dormir em um trem na Índia é mais confortável que dormir em uma poltrona de avião.
Quer ver mais fotos inspiradoras dessa viagem? Siga @viajarpelaeuropa no Instagram e acompanhe a hashtag #keralablogexpress
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Viajei para Índia para participar do Kerala Blog Express, um encontro promovido pelo Turismo de Kerala, que reúne bloggers de várias partes do mundo com o intuito de promover o turismo na região de Kerala, no Sul da Índia.
Créditos: As fotos desse post foram cedidas por Jinson Abraham, renomado fotógrafo de moda e lifestyle do Sul da Índia.
Fontes: Why Indians eat with their hands
The vedic science behind eating with your hands
Que viagem, hein? Já li vários relatos de o quanto a Índia pode transformar o viajante. Tô precisando conferir!
Fantástico, tudo 12 coisas maravilhosas, assim descrito até comer com as mãos de facto faz sentido. Obrigado pela partilha e boas viagens !
Oi Gi, tb não sei nadar e morro de medo de altura. Então, foi muito legal ler sobre suas superações. Parabéns
Que legal…. coisas bem peculiares de um lugar peculiar. Adorei.
que viagem incrível Gisele, acompanhei pelo snap e me apaixonei por Kerala, me deu muita vontade de conhecer essa região da Índia, quanta diversão e imersão na cultura local, realmente inesquecível!
Incrível sua viagem, Gi! A Índia é realmente um lugar cheio de energias e aprendizado! Muitas dessas coisas acho que só lá mesmo pra gente fazer sem medo de ser feliz! Aliás, FELIZ ANIVERSÁRIO!
Viagem maravilhosa, adorei tudo e faria tudo isso também, até comer com as mãos! kkkk
Clau
@as_passeadeiras
Claudia, eu nunca pensei que iria comer com as mãos e foi uma experiência bem interessante. 🙂
Que experiência incrível!!! Morro de vontade de conhecer a Índia e essa vontade é devido a muitas dessas experiências… Adorei!!!
A Índia é um lugar que vale cada segundo da visita. Nunca fique tão mexida com uma viagem como fiquei pela Índia. Já quero voltar logo! 🙂
Fiquei feliz em saber que na Índia existe um movimento para concientizar as pessoas que o Elefante não é um animal doméstico, mas fiquei triste pela tua foto aqui. Se vc olhar com cuidado vai ver que o elefante está com uma corrente na perna e isto significa que ele é um animal maltratado. Elefantes que vivem em santuários de verdades não está acorrentados e sim livres. 🙁
Oi Cris, infelizmente eu só vi elefantes domesticados durante a viagem e nota-se claramente
que eles não estão felizes. Esse elefante da foto vimos durante um passeio de tuk-tuk.Confirmando a normalidade de pessoas terem o animal no quintal de casa. Estive no Periyar Wildlife Sanctuary em Thekkadi, em reunião com o diretor do local, que explicou
esse processo de conscientização. Tem muitas ONGs e até mesmo estatais trabalhando em defesa desses animais. Inclusive atualmente é proibido caçar elefantes. Foi uma reunião interessante. Nota-se que até mesmo os turistas estão evitando atividades como montar em elefantes apesar de ainda ainda existir quem faça.
Contudo esse é um processo lento já que para os indianos o elefante sempre foi um animal doméstico assim como o cavalo. Mas existe esperança. 😉
Cris, sinto lhe informar mas não existe elefantes “livres” na asia…
A asia é o continente mais densamente povoado do mundo, um elefante ocupa muito espaço e as cidades não pedem licença para crescer, nessa luta por espaço a natureza sempre perde
estive 5 meses na tailandia, fiz trabalho voluntário nesses “santuários” e visitei muitos campos de elefantes e tenho uma visao um pouco diferente do que eles representam…
Um cachorro que vive no quintal de uma casa é livre?
E um cavalo que vive na cerca da fazenda?
Com certeza estes animais estão melhores na fazenda ou em casa que em uma jaula de circo, mas daí a chamar de livres é muita licença poetica
Nunca estive na india, mas os ditos “santuarios” de elefantes na tailandia e outros paises do sudeste asiatico nada mais são que fazendas com elefantes… Os elefantes que vivem ali estarão limitados por toda vida por uma cerca de 1000 ou 2000 metros quadrados
O termo santuário é um APELO DE MARKETING para atrair turistas, não existe nada de “santo” nestes locais, a grande maioria dos locais são controlado por empresas (muitas com donos europeus) e tem FINS LUCRATIVOS…
Nao me entenda mal, não estou endemoniando estes locais ou pessoas, só acho que se faz necessário que a sociedade entenda que as coisas são MARKETINZADAS quando vao na midia
Sobre as correntes, na minha opinião são apenas um detalhe, as correntes por si só nao machucam o elefante elas se fazem necessárias as vezes pelo tipo de interação que o elefante tem com o publico. As pessoas pensam que só porque o elefante “nao morde” ele é um bicho inofensivo.
Mas não é assim um bebe elefante com 100kg pode decidir sentar no seu colo e quebrar sua pernas por acidente…
Enquanto alimentava os elefantes uma vez um adulto enrolou a tromba na minha cintura e meio que me suspendeu, eu tomei aquilo como uma brincadeira ou como um sinal de que ele queria mais comida… mas é um gesto perigoso, eu peso 70kg e se por brincadeira ele pode me levantar com a tromba imagina o que não pode fazer se ficar nervoso com algo que eu fizer…
Entao dizer que um lugar é bom ou ruim só porque usa correntes ou nao é um erro de interpretação
Se voce quer ver elefantes LIVRES de verdade precisa ir a áfrica em algum safari (o que é super caro) e não há certeza de que voce vai avistar elefantes e se isso acontecer voce nunca vai ficar a menos de 100 metros deles
Quanta experiência legal, hein! Adorei tudo. Muito interessante, muito legal. Beijos
Nossa, quero demais fazer zipline, parece muito legal e nao tao perigoso quanto pular de bungeejump rs
Viajar no trem noturno deve ser legal, vou tentar ter essa experiencia aqui na Europa =D